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  • Redação

Fabricantes de TV abrem corrida para a Copa do Mundo

Atualizado: 9 de out. de 2020


No ano da Copa do Mundo, comprar um aparelho novo de televisão se tornou uma tarefa complexa em meio à disputa tecnológica travada entre os principais fabricantes. Se a conexão à internet e a imagem em 4K parecem já ter caído nas graças do consumidor, as companhias passaram a destacar novidades como as telas com pixels autoiluminados e pontos quânticos, sistemas de áudios que saem do próprio painel, permitindo uma experiência imersiva, e controles remotos que conversam com o celular. Isso tudo em telas planas e curvas, que voltaram com força às lojas. Uma das principais disputas hoje do setor é entre as telas Qled e Oled, que, através de tecnologias diferentes, trazem mais qualidade de imagem em relação aos painéis de LED. A Oled permite uma pureza maior nas cores, reproduzindo o preto puro, pois cada pixel se acende ou se apaga de acordo com a imagem mostrada. Já o Qled usa pequenas partículas de cristais (pontos quânticos) que reproduzem 100% das cores, tornando a imagem mais próxima da realidade. Mas a guerra entre os fabricantes vai além e envolve uma série de novidades em relação à qualidade de som e design. Tudo de olha numa expectativa de alta de 20% nas vendas neste ano, de acordo com a consultoria GFK. A expectativa é que o setor possa ter fôlego para alcançar os mais de 14 milhões de unidades comercializadas durante a Copa de 2014, no Brasil. Assim, a LG, por exemplo, vai lançar em março uma TV Oled de apenas dois milímetros de espessura e tamanho de 65 polegadas, chamado de W8, apresentado mês passado em uma feira nos Estados Unidos. -Vamos lançar em março e é uma aposta da companhia. É uma TV mais fina que um celular, feita para ser pregada na parede. A TV vem com um sistema de som integrado que permite uma experiência de som em 360 graus e imagem em 4K, que é a ultra e a ultradefinição de imagem e já responde por cerca de 11% das vendas no país – e disse Roberto Barboza, vice-presidente de vendas. Assim como a W8, a companhia prepara mais duas novidades para março com 4K e conectividade: dois aparelhos com tamanhos de 60 polegadas e 70 polegadas. - Há uma demanda grande para TVs acima de 55 polegadas. Nesse tamanho, por exemplo, é possível ver com perfeição a imagem em um ambiente pequeno, com um tamanho de quatro metros por três metros. Isso é possível porque houve muitos avanços tecnológicos em relação à distância para ser ver a imagem, com investimento em proteção de tela e sua película – destacou Barboza. A Samsung também aposta nos modelos maiores. Atualmente, cerca de 35% do portfólio da empresa conta com tamanhos acima de 65 polegadas, número que deve aumentar neste ano. A companhia, que conta com modelos com a tecnologia Qled, investe em conteúdo exclusivo em 4K para seus modelos. Segundo Guilherme Campos, gerente de produtos de TV, a empresa fez uma parceria com o SporTV para transmitir as partidas em ultradefinição de imagem a seus clientes. - Estamos ainda investindo em uma solução para diminuir a exposição de fios no ambiente. Todos aqueles cabos HDMI não são mais conectados na parte de trás da TV. Agora eles são concentrados em uma central de conexões denominada One Connect, que conta com um cabo de fibra ótica de cinco metros conectado à TV. Os tamanhos mais vendidos nesse anos devem ficar acima de 65 polegadas – disse Campos, destacando que a solução é disponível para as principais linhas da empresa. Entre os modelos da empresa, quase todos os aparelhos contam com, além de imagem 4K, com outra tecnologia, o HDR, que evita que o usuário perca detalhes nas cenas escuras ou escondidos no brilho das cenas claras. Outro ponto importante que o consumidor deve ter em mente é a escolha entre telas planas ou curvas. Segundo especialistas, as telas curvas proporcionam melhor campo de visão, causando menor cansaço visual e maior imersão ao assistir filmes e conteúdos. - Já estamos nos preparando para a Copa desde o início de 2017. É um momento importante para trocar de TV.Tentamos unir melhor resolução de imagem, mais polegadas e conteúdo Para a Copa, a Sony investe na qualidade do som com televisores que trazem os alto-falantes na parte inferior do aparelho, permitindo que o som seja propagado ao longo da tela. Segundo Marcelo Gonçalves, gerente de Marketing e comunicação da empresa, isso permite maior benefício entre imagem e som. - Notamos que os clientes que buscam por telas maiores são mais críticos e exigentes. Essa tecnologia, chamada de Acoustic Surface, cria vibrações no painel para gerar o som da própria tela. Ao eliminar os alto-falantes normalmente colocados em torno da TV, som e imagem são gerados na tela e tornam um só, proporcionando experiência mais imersiva. A sensação é de que o som é emitido exatamente no mesmo ponto em que o objeto se movimenta na cena apresentada. A Sony tem ainda modelos que contam com Oled e outros que unem diferentes tecnologias como uma que divide a tela em micro-zonas, levando pontos de luz a todas as áreas da tela, e outra que permite o controle maior brilho sem distorcer os tons mais escuros. A Panasonic, que também tem modelos Oled, aposta em modelos com maior potência de som. Segundo Claudio Nadanovsky, coordenador de Marketing e Produto da empresa, os lançamentos para o ano da Copa envolvem televisores com uma quantidade de watts maior que a média. Segundo ele, isso permite ao consumidor ter a sensação de estar dentro do estádio. - Os modelos contam com um barra de som integrada. Isso permite maior potencia ao produto. A TV vem ainda com conexão bluetooth que permite integrar o aparelho de som. Mas não é só. Estamos apostando na interatividade entre a TV e o celular. Criamos um aplicativo que transforma o celualr no controle remoto. A reportagem foi publicada no Jornal O Globo!

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