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  • Foto do escritorViagem Sem Escalas

Na tradição cultural de Barcelona

Atualizado: 9 de out. de 2020

Barcelona é Pablo Picasso, Antoni Gaudí, Joan Miró e muito mais, quando o assunto é cultura e história catalã. Uma das cidades mais agitadas da Espanha e Europa, a capital da Catalunha não para de se reinventar em museus e espaços de arte. De antigas fábricas a conventos. De castelos a palácios. Os espanhóis sabem como ninguém transformar tudo em um belo cento de artes, cosmopolita e acessível.

O melhor é que, apesar de Barcelona ter museus e monumentos conhecidos mundialmente, há uma seleta lista de preciosidades que ainda precisa ser explorada. Que tal conhecer a história da Catalunha através de fábricas, palácios, castelos, casas, conventos e museus ainda desconhecidos de boa parte do público? Fechados por décadas, esses espaços prometem ganhar popularidade assim como os primos famosos, como La Pedrera, Sagrada Família e Parque Guell. A hora de conhecer é agora. Vamos embarcar nessa Viagem Sem Escalas?

Barcelona entrou com força no mapa do turismo há ao menos 27 anos, quando a cidade sediou os Jogos Olímpicos de 1992, reformulando o sistema de transportes e revitalizando áreas degradadas como as praias e Montjuïc, uma colina no sudoeste da cidade. Na agitada rua das compras e dos bares, a La Rambla, aos bairros nobres, Barcelona também tem uma gastronomia de dar água na boca com influências do Mar do Mediterrâneo e dos Pirineus, criando uma combinação única.

Uma fábrica e um palácio com Picasso e Miró

O Caixa Fórum de Barcelona é uma ótima opção para os amantes da arte e arquitetura. Entrar nesse belo museu é se sentir no início do século XX. O museu está instalado na sede uma antiga fábrica, de 1910, com estilo Modernista. Por isso, os corredores, as paredes e os vitrais te levam, literalmente, de volta ao passado. E, claro, com o toque da arte. Um destaque é a obra de Pablo Picasso, como “Traje para Parada, de 1917. Não deixe de conferir a arte contemporânea de Nicolás Paris. Não tem como não se encantar com a delicadeza das peças cheias de cores e formatos. O ponto alto é o terraço do museu. O passeio fica ainda mais especial ao pôr do sol: a luz cria uma coloração rosada aos tijolos.

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O Caixa Fórum fica praticamente em frente a um dos ícones de Barcelona: a Fonte Mágica de Montjuic. Imponente não pensar na importância do local, que reúne a Plaça de Espanha e as Torres Venecianes, locais que serviram de via para a Exposição de 1929 e ainda para os Jogos Olímpicos de 1992.

É lá que está um dos mais importantes e renomados espaços culturais de Barcelona: o Museu Nacional de Arte da Catalunha (Mnac). Já na entrada o belo “Gardy Artigas”, de Joan Miró, de 1983, entre outras incríveis obras. Mas o Mnac vai além e consegue encantar qualquer amante de arte com seu time peso-pesado de artistas. Que tal contemplar a “Mulher de Chapéu e Colar”, pintado por Picasso em 1881? Ou, então, Auguste Rodin com sua “A idade do Bronze”, de 1876, e as outras dezenas de esculturas. “Eva”, de Eric Clarasó, doe 1904, é um bom exemplo da diversidade do espaço.

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Separe algumas horas para apreciar o museu que conta com quatro alas, que dividem as obras por temas, como Medieval, Renascentista, Gótico e Moderno.

Cosmopolita, Barcelona oferece um pouco de tudo, até mesmo um pouco de história do Egito. Nossa próxima parada? O Museu Egípcio de Barcelona, com uma série de tumbas e sarcófagos. É uma experiência inusitada, digamos, já que o acervo do museu, ainda pouco explorado pelos turistas, impressiona os amantes da arte do país africano. Há quem ouse - como o Viagem Sem Escalas - a considerar o museu melhor que alguns de Nova York. E quem nunca ouviu falar na maldição Tutankhamon? O museu revela objetos da época do rei egípcio e seus mistérios. Divirta-se nos três andares desse espaço, que fica bem perto do agito da cidade, quase vizinha ao La Pedrera, uma obra-prima de Antoni Guadí.

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(Re)descobrindo as obras menos famosas de Gaudí

Impossível não se apaixonar por Guadí. Responsável pelos já famosos e internacionalmente conhecidos Parque Güell, a igreja Sagrada Família e o Palau Güell, o artista conta com obras pouco badaladas pelos turistas e até mesmo os espanhóis. Localizado no charmoso bairro de Grácia, a Casa Vicens é única e reabriu recentemente após anos fechada. Patrimônio da Humanidade desde 2005, a Casa Vicens foi encomendada pelo dono de uma fábrica de tijolos e fabricante de azulejos, Manuel Vicens. Por isso, os azulejos coloridos com temas florais estão por todas as partes, criando uma percepção única aos olhos. Quem visita a casa, é possível notar uma união entre influências espanholas, árabes e até persas. Como foi a primeira casa feita por Gaudi é possível notar ainda que seu estilo ainda estava sendo desenvolvido.

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Em seu interior, os espaços entre as vigas de madeira do teto têm preciosos trabalhos que representam ramos de cerejeira, enquanto as paredes são decoradas com arabescos de hera. Portas em formatos diversos são um diferencial ao projeto. No terraço, as famosas chaminés estão lá com suas cores e formatos.

Outra joia desconhecida é a Torre Belesguard. Como ficou fechada por muitos anos, a torre está presente em poucos guias de turismo, e sua fama vem crescendo no boca a boca. Tanto que a campanha de marketing do lugar brinca com o mote um “Gaudí mais exclusivo”.A torre é, na verdade, um prédio construído entre 1900 e 1909, que une os três principais elementos da arte de Gaudí: religião, natureza e História catalã. O curioso da visita ao local é perceber que todos os detalhes foram pensados milimetricamente: a começar por sua altura de 33 metros, em referência à idade de Jesus Cristo ao morrer. A Torre foi inspirada no castelo do século XV, já que, da forma como foi construída, a torre lembra os pontos de observação de onde soldados protegiam a cidade contra invasores vindos do mar. Por isso mesmo, em catalão, Bellesguard significa bela proteção.

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No alto da construção, chama atenção uma espécie de cruz inspirada em um fruto típico da região, que se assemelha a uma noz seca. As cores também não passam despercebidas, já que o amarelo e o vermelho compõem a bandeira da Catalunha. Dentro da construção é possível se deleitar com objetos pessoais do próprio artista, sempre cheio de cores inspiradas na natureza. Porém, para entrar no prédio, que já foi um orfanato e hospital nas décadas passadas, é preciso fazer a visita com guia. Isso porque Bellesguard tem pessoas morando nos apartamentos de seu interior. O ponto alto da visita é, literalmente, o terraço: uma bela vista de Barcelona. Bellesguard fica no bairro de Sarrià.

É nessa parte alta de Barcelona que seus bairros escondem tesouros e muita arte. Nossa primeira parada é desvendar o Real Monastério de Santa Maria de Pedralbes. Fundado em 1327, Pedralbes significa pedra branca e tem um dos maiores claustros de toda a Europa. A arquitetura gótica do mosteiro impressiona, assim como as referências aos nobres da cidade, que recebiam as filhas das famílias mais abastadas para fazerem parte da Ordem das Clarissas. O clima misterioso do local ganha um capítulo a parte com o silêncio, as tumbas e ampla vegetação do local. Com quase 700 anos, a modernidade e a tradição caminham juntas. As pinturas originais nas paredes dividem espaço com capelas interativas.

Pela história e música nos museus dedicados à Catalunha

Barcelona é o epicentro da cultura Catalã. E isso mereceu um museu especial e dedicado a contar a história da cidade, com o Museu de História da Catalunha, localizado em Barceloneta, área nobre da cidade, às margens do Mediterrâneo. No espaço, uma ótima opção para quem busca entender as tradições antigas: os diversos andares fazem uma viagem desde a pré-história. Objetos, roupas e interatividade são a marca desse museu.

Das referências aos descobrimentos até a lenda de Dom Quixote e dos fósseis aos trajes típicos.

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Andar pelas obras que mostram a história de uma cidade é sempre um deleite. Religiosa, a Espanha guarda em Barcelona obras importantes sobre o tema. É o caso da pintura “Virgem com o filho em San Juanito”, de 1515 de Joan de Burgunya. Ou, então, o tríptico “Batismo de Cristo” de 1500, do chamado Mestre de Frankfurt.

Convento, palácios e museus. Tudo faz parte do roteiro de arte e cultural alternativo por Barcelona. Mas a cidade também oferece música. E da melhor qualidade. Por isso, que tal conhecer o Palácio de Música Catalã. Com visitas guiadas em vários idiomas - o português, inclusive -, é possível se encantar com estilo modernista e referências barrocas do edifício que acabou de completar 100 anos. A visita contempla os principais pavimentos no local, como a área pré-concerto e a varanda, com as icônicas pilastras criadas pelo arquiteto Lluís Domènech i Montaner. Nos elementos da construção do Palácio, uma união de esculturas, tijolos e cerâmicas que fazem alusão ao mundo da música. É uma visita que precisa ser incluída no roteiro. Não é comum ter uma sala de concertos com vitrais e mosaicos florais. É mais uma joia catalã prestes a ser descoberta.

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Influências do Mediterrâneo e dos Pirineus na gastronomia

Entre tantas novas descobertas por Barcelona, que tal desvendar os mistérios da gastronomia? A influência francesa às margens do Mediterrâneo e as montanhas dos Pirineus são capazes de criar uma rica e encantadora união de sabores e cores às famosas tapas na cidade catalã. Assim, frutos do mar dividem espaço com os famosos molhos de tomates, o legítimo jamón e pratos famosos como a paella. O Viagem Sem Escalas listou alguns dos lugares que merecem ser visitados. Mas, atenção, a maioria das casas precisa de reserva, já que são super disputados. Vamos saborear?

Assador de Aranda: A casa foi fundada nos anos de 1960 e está localizada no coração de Barcelona, no bairro de Gràcia. Pratos fortes e saborosos, ingredientes simples e humildes, que respiram o campo, a montanha e o jardim com produtos frescos. Esse é o espírito do espaço, que tem uma decoração intimista das antigas tabernas catalãs. Como entrada, se deleite com o jamón que pode vir acompanhado de um belo pão feito no próprio restaurante. A especialidade desse restaurante catalão é o cordeiro assado em forno de barro, que se desfaz na boca. É imperdível.

Barceloneta: O restaurante está localizado no bairro que leva seu nome, à beira mar. O clima descolado de Barceloneta, com sua praia e agito jovem, ganha status de requinte com o que se pode chamar de um restaurante cinco estrelas. A casa, que só trabalha com reservas, tem os peixes como sua especialidade. É hora de desfrutar a cozinha de frutos do mar em seu estado da arte. Na entrada, duas tapas de dar água na boca: torradas com o tradicional molho de tomate.

La Barca Del Salamanca: No Porto Olímpico, na zona costeira de Barcelona, um momento de contemplação de frutos do mar. O restaurante é mais que um jantar ou almoço. É, de fato, uma experiência cultural. O "evento" começa com o cliente escolhendo na porta do restaurante o que pretende comer. Isso porque peixes, ostras, camarões, caranguejos e lagostas frescas ficam expostas para os comensais. Escolhidos os itens, é hora de apreciar.

DO: No agito do bairro gótico, que tal degustar a gastronomia tradicional na famosa Praça Real? O restaurante DO é um exemplo de restaurante que reúne excelente opções. Com estilo clássico em seu interior e uma sacada com vista para a Praça Real, o restaurante oferece uma a paella com lagosta , capaz de servir três pessoas, que rouba a cena.

Trattoria del Mar: Vamos às Tapas? É esse o mote do restaurante que fica em uma localização especial: em frente a Igreja de Santa Maria do Mar, templo gótico da cidade. Aqui o especial é petiscar. E opções não faltam. Comece a experiência com lulas apimentadas e batatas rústicas com creme de maionese e alho.

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